Casar...

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Ditados Populares


Hoje pela manhã resolvi demonstrar que estou tentando com afinco me tornar uma menina mantenedora de amizades - resolução de ano-novo funciona, ok?. Visitei meu amigo aqui e deixei um comentário recheado de ditados populares da vovó, como "é devagar que se vai ao longe", ou "casa de ferreiro, espeto de pau" (escrevi ambos por lá). Heresias quando pensamos no famoso "texto jornalístico"...

Isso me deu pano para a manga: são os ditados inferiores e devemos evitá-los como o diabo foge da cruz? Por outro lado, se sobreviveram aos anos, será que não podemos aprender nada com eles?

Quando penso nos ditados que influenciaram a minha vida, imediatamente me vêm à cabeça que "quando um não quer, dois não brigam".

Eu e meu irmão brigávamos muito quando pequenos e, de longe, este era o ditado que mais me deixava indignada. Meu irmão implicava muito comigo e, assim que eu reagia, meus pais me pegavam. Castigo para mim.

Nem sempre isso acontecia. Por vezes eles viam a travessura do meu irmão, mas ele fugia do castigo. Eu, boba, sempre fiquei na cadeirinha do pensamento refletindo acerca dos meus erros.

Hoje sei que o que me indignava era a injustiça da aplicação do ditado. Eu não queria brigar! Só queria me defender. E, claro, não sabia como fazer isso sem revidar...

Adolescente, o ditado passou a ser "melhor perder um minuto da vida, que a vida em um minuto". Confesso que este é um dos ditados "bons", mas à época, parecia uma tortura.

"Os piores venenos estão nos menores frascos" é um que ouço a torto e a direito. Pois é. Ser pequena é complicado, mas nem tanto. Respondo com um sonoro: "E os melhores perfumes também!". Hunft!

Se "o prometido é devido"e se "quem espera sempre alcança", este post tem tudo a ver com o dia de hoje. Explico. Hoje foi o dia da minha audiência de conciliação com a livraria Arte Pau-Brasil, que NÃO me vendeu um livro. Ou melhor: vendeu, mas não enviou e ainda ficou com o meu dinheiro. R$ 30,59. Quantia ridícula, concordo, mas que me causou muitos problemas.

Eles não apareceram. Oficialmente sequer foram notificados. O curioso é que, um dia após a suposta não-notificação, o dinheiro magicamente apareceu na minha conta. R$ 30,59. Nem um centavo a mais, ou a menos. Magicamente, enviaram um e-mail dizendo que depositaram o dinheiro na minha conta. Um ano após meu primeiro e-mail pedindo o dinheiro de volta.

Para meu desepero, durante a audiência me foi dito que eu deveria fornecer o endereço correto, caso contrário meu processo seria extinto. Se "a justiça é cega", ela estava particularmente tapada naquela hora. Enquanto a conciliadora falava, os olhos cismavam em se encher d'água. Não pelo dinheiro, mas pela injustiça, que tanto me incomoda - lembram do "quando um não quer, dois não brigam"? Chorei. Vergonhosamente. De quase soluçar - calma que eu ainda tenho alguma dignidade! -, afinal, "ofende os bons quem protege os maus"!!

Eis que a Justiça com jota maiúsculo se fez e uma boa alma resolveu me ajudar... Ainda tenho muito a caminhar para resolver esta história, mas há luz no fim do túnel.

Já que "trigo e gratidão só crescem em boa terra e em boa alma", serei eternamente grata a essa pessoa, mas tenho a ligeira impressão que ela vai colher melhores frutos que os meus... Afinal, "quando somos bons para os outros, somos ainda melhores para nós".

Um comentário:

Anônimo disse...

Nem sempre conseguimos ganhar na primeira batalha, mas não devemos esmorecer e lutar faz parte da melhor vitória, que é saber enfrentar os problemas que surgem a nossa frente, por isso somos sempre vitoriosos quando enfrentamos as adversidades de nossas vidas.
Lute sempre de cabeça erguida não importando o resultado, pois qualquer que seja é o que Deus nos reservou de melhor...
Beijões guerreira